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sábado, 15 de maio de 2010

quero dançar,

toda vez que eu te digo
aquilo que me ajuda a disfarçar.
quero dançar,
toda vez que o barulho em mim
eu consigo esconder, amenizar.
quero dançar,
toda vez que a esquina a mim flertar
toda vez que a menina eu quiser beijar.
dançar, assim, tão simples
toda vez que dentro a respiração não ficar
toda vez que dentro a respiração não for ar.
dançar toda vez
que nosso encontro me metaforizar
que nosso encontro me for maior
e sempre mais difícil de condenar
ou porque é erro
este encontrar
ou porque é erro
desencontrar.
quero dançar toda vez que me condenar
a dar sentido a tudo aquilo
que no sentido jaz, está.
dançar até fazer sinfonia dos ossos se amando
dançar até escorrer algo de dentro para fora
até escorregar no suor e vir a cair
vir a rachar
as coisas
pelos movimentos
as palavras
vento atento
sou capaz de configurar
este baile sem fim
que se tornou o tentar
o estar
e nu
permanecer
e ruir.
S6300007
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FONTE: philip glass einstein on the beach

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