Não é a original
É outra coisa
Sequer habitual
Não quer dizer o que quero
Não o preciso
Nem o que espero
Mas é força
É rompante
É decisão
Vontade plena
Acordada à madrugada
E meio mal vestida
Meio mal arranjada
Vontade assim
Desgrenhada
Nasce suja
E morre
Mal lavada,
Mas consumida
Desejada
Gozada e despedaçada
E no entre pernas
Despetalada.
É coisa assim nada a ver
É coisa vaga
Vulga
Vulva
Rala
Mas é precisa
É necessária
E se não fosse
Alguém mudaria o próprio rumo
Acaso soubesse estar ele noutra
Estrada
Noutra racha
Noutra vida
Antepassada?
É só um descarrego
A versão errada desse peito
A música quente no inverno seco
É impossibilidade
E o violão
Ali
Parado
Preso
Perdido
Desesperado.
Diz, ex...
Ardo!!!
Queimo a face
A ponta dos dedos
Achando ser cigarro
Eu fumo a própria pele
E já não posso acreditar
Ela não tem sabor
Ela perdeu a cor
O sangue nela secou
E o que ficou foram cinzas
Arranjadas
Disfarçadas
Cinzas bonitas
Acoroladas.
É o peixe pescado
Pela criança
E morrido
Sem razão
Sem sentido
Exceto o da diversão.
É a inveja do outro
Seu amigo
É o ciúme do peito
Sem rumo
Ou sentido.
É você me despindo
E eu te subindo
Você me apertando
E eu sustentando o céu
Enquanto você
Ruma em cima do meu
Prazer.
É um prosa em versos
Pois sou incapaz de articular,
Sou incapaz de acreditar que viver tenha que ser sempre esse chato e des-requentado “b” + “a”.
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