Escureceu
o desejo.
Silenciou
o íntimo
e se percebeu amigo
do sossego.
O branco
que antes lhe chamava
Perdeu sua força
o branco ainda que tarde
sempre parda.
E ficou
inerte sobre a mesa
Ficou imóvel
feito certeza.
Até que um dia
amanheceu o menino
cansado da fumaça cigarro
E se viu no pardo papel refletido
E achou prudente
Passar a navalha sobre o rosto
para facilitar alguma fidelidade
do espelho opardo.
Amanhã se chover, pensou
Eu atravesso o papel
e em versos
Me refaço.
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