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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Amor

Talvez seja o primeiro poema
Em seis anos
Cujo o nome é este:
o seu.

Não sei por onde comecar
Nao quero usar a lingua corretamente
Nao quero acentos
Nem mais virgulas

Porque tudo eh claro, amor
Tudo eh transparente.

Eu estou conhecendo o que eh estar vivo
E reconheco
Talvez o tempo vivido
Ate agora
Tenha sido a vida
Sim, a vida, porem
Em dose menor
Em acorde timido
Com denticao incompleta.

Seu amor, meu amor
Me desorienta
Me desfaz e refaz
a cada sorriso
Lembrado
Filmado
Ou vivido.

Volteio sobre mim mesmo na cama
Procurando o seu abrigo
Voce
Tu
Que nao cessa de me apaixonar
De exigir do meu corpo
De me fazer perder o tino.

Amor,
Esses poemas todos estao longe
Da imensidao do que eu sinto.

Entendes?

Tu alargou meu peito e minha vista
Seu amor expandiu e multiplicou
Consciencia e entrega desmedida

Mas eu preciso escrever
Pois me ajuda a te tocar
A te vasculhar
E a mim, compreender

Poesia nao eh sonho
Mas sim
Vida capturada
E lancada aos tempos.

Depois de ti
Neste agora
Nada mais me eh indiferente

As guerras em curso
O genocidio recorrente
Eu tenho hoje olhos para isso
Porque o teu amor nao me impede
Apenas me convida.

Sim, eu sei
Mas, mesmo assim

Amor tornou-se a palavra
Mais acertada.
Eh isso
Eh isso
Conhecimento de causa, cama
Roupa e louca lavada

Teu amor nasceu em mim
Para me fortalecer frente ao mundo

Aqui estou eu
No meio do nosso caminho
Sem pressa pata o vindouro

Te amo. Sem medo nem receio.
Te amo.

Mesmo.

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