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sábado, 29 de dezembro de 2012

Família²


E então a viagem.
Minha, rumo a minha atual casa.
Perdão.
Eu me desliguei da família,
Por um segundo
Estar longe
É a menor ameaça.
E então vem o tempo
O vento
O frio
E o silêncio.
Passam tantas coisas por mim
Que se me vejo sozinho
É só questão de ser solteiro.
Não me lembro da mãe
Nem do pai
Poderia esquecer inclusive que morreram,
Caso o tivessem.
Uma paz sem nome.
Por vezes, ameaço-me
Em esconderijo
És filho de mentira!
És do demônio!
És seco tal qual rio.

Mas não
Sei que no amanhã
Futuro
Hei de lembrar
De tudo
De todos
Das faltas
E dos invisíveis contornos
de nossos laços
Hoje,
Desembrulhados
E sem força alguma.
Que falta faz a cicatriz da infância.

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