Alguém sempre diz que as coisas estão correndo, que o tempo está passando depressa e que vivemos numa época multifacetada. Que argumento é esse, porém? Para que serve dizer tudo isso se não há o esforço para capturar um segundo no vento, uma foto que não se faça perder aquilo que é rápido sim pois consome por dentro?
Eu não tenho conseguido dizer muito o que gostaria. As coisas aqui estão faz bom tempo muito imprecisas. Mas é essa a natureza do meu olhar neste instante. Capturando fragmentos do que gostaria de provar. Provando segmentos que eu possa depois não aprovar. Eu estou nessa faceta do rápido e perverso momento. Eu sou isso, eu também estou no tempo.
O que você captura? Em que você, essencialmente, precisa se manter para segurar?
Eu digo que a minha última concretude está no vento. No seu silêncio cruzando meus cabelos e passos. Deixo que avancem além dos olhos para que com o vento façam os dois meu olhar multivariado. Meu olhar não fica assim em si vidrado. Tudo está passando, meus fios são cortinas que descortinam o imediato. E me lançam no desfoque do real. E me lançam sem que eu possa capturar com nitidez o estupro na esquina.
Isso explica o meu vagar. Isso explica porque por tantas vezes pelo mesmo lugar eu preciso passar. É na repetição do corte do rumo e da sorte que eu absorvo o sumo deste sentido incompreensível. É na repetição das agonias que eu acordo mais forte a cada dia. E mesmo que o sono exista, mesmo que eu queira por dias vagar parado, não há cortinas de dentro para fora do meu quarto. Aqui tudo é exposto. A vergonha fica jogada no piso imediato depois à escada. Aberta a porta, o que há dentro de mim é apenas minha sala. Minha casa.
Eu pergunto outro vez, o que você captura? E você que lê se permite ser o você que eu escrevo. É isso mesmo. Num só nome todo o público de todo o jeito. Pode ser você ou você, entende? Pode não ser. Não leia aquilo que deseja ler. Leia aquilo que talvez possa te contrariar ou fazer doer. Há impessoalidade em cada palavra. Exceto nas que eu não consigo dizer, posto estão cravadas feito mosaico de espelhos sobre meus pêlos.
O que você captura?
O que você, pequeno, pega para si?
O que você cativa?
Feliz por este excerto. Feliz por ver na correria um túnel silencioso e obsoleto mas íntegro reflexivo verdadeiro. Os erros aqui, são como escamas. Trocam-se e nunca cessarão esse trajeto. Bem-vindo(a) ao meu reino...
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Eu não tenho conseguido dizer muito o que gostaria. As coisas aqui estão faz bom tempo muito imprecisas. Mas é essa a natureza do meu olhar neste instante. Capturando fragmentos do que gostaria de provar. Provando segmentos que eu possa depois não aprovar. Eu estou nessa faceta do rápido e perverso momento. Eu sou isso, eu também estou no tempo.
O que você captura? Em que você, essencialmente, precisa se manter para segurar?
Eu digo que a minha última concretude está no vento. No seu silêncio cruzando meus cabelos e passos. Deixo que avancem além dos olhos para que com o vento façam os dois meu olhar multivariado. Meu olhar não fica assim em si vidrado. Tudo está passando, meus fios são cortinas que descortinam o imediato. E me lançam no desfoque do real. E me lançam sem que eu possa capturar com nitidez o estupro na esquina.
Isso explica o meu vagar. Isso explica porque por tantas vezes pelo mesmo lugar eu preciso passar. É na repetição do corte do rumo e da sorte que eu absorvo o sumo deste sentido incompreensível. É na repetição das agonias que eu acordo mais forte a cada dia. E mesmo que o sono exista, mesmo que eu queira por dias vagar parado, não há cortinas de dentro para fora do meu quarto. Aqui tudo é exposto. A vergonha fica jogada no piso imediato depois à escada. Aberta a porta, o que há dentro de mim é apenas minha sala. Minha casa.
Eu pergunto outro vez, o que você captura? E você que lê se permite ser o você que eu escrevo. É isso mesmo. Num só nome todo o público de todo o jeito. Pode ser você ou você, entende? Pode não ser. Não leia aquilo que deseja ler. Leia aquilo que talvez possa te contrariar ou fazer doer. Há impessoalidade em cada palavra. Exceto nas que eu não consigo dizer, posto estão cravadas feito mosaico de espelhos sobre meus pêlos.
O que você captura?
O que você, pequeno, pega para si?
O que você cativa?
Feliz por este excerto. Feliz por ver na correria um túnel silencioso e obsoleto mas íntegro reflexivo verdadeiro. Os erros aqui, são como escamas. Trocam-se e nunca cessarão esse trajeto. Bem-vindo(a) ao meu reino...
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Um comentário:
caralho diogo! um dos seus melhores textos! Putz! Vibrante! Cheio de imagem! Provocante! Muito bom!
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