cheguei
me obrigado a escrever
para nunca esquecer
se tratar
apenas disso.
minha carreira
antes fosse de cocaína
seria mais consistente
mais divertida
não pediria sempre e mais
tanta rima.
eu sou um ser contente
mas tão sem graça.
como posso me saciar
se quando fecho os olhos
o meu corpo se desliga do mundo
e com tranquilidade assustadora
sem o mundo
nem sequer
se embarga?
como eu posso ser tão autônomo?
ao ponto de corte,
eu ser autônomo
cada vez mais
sou amante
da morte.
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