político
e me arrepio
sinto que eu não tenho mais volta
porque me adoece
me dói a vista
e me embarga o sorriso.
senso
para tentar continuar a linha da rua
sem querer me lançar
aos abismos.
são tantos,
que a poesia hoje
tem função apenas de fazer constar.
consta nela o amor que não tive tempo de procriar.
nela consta as inversões do peito
e os volteios da razão,
sempre ansiosos
por acertar.
eu
morro
só
ao pensar
nos nomes
que ainda estão
por ser
inventados.
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