seja capaz de me segurar
na ponta desta linha.
Feito ponto eu me faço nó
e persisto.
Por que haveria de ser fácil?
Por que deveria tudo isso ser lindo?
A vida tem sua força se destruindo
não cabe a mim me impressionar
Deixe os bichos miúdos e invisíveis
Comerem-me inteiro e com prazer
Eu volto por sobre eles
nem que seja para me perceber sendo comido
e indo
Sempre indo
Eu hoje amanheci triste
mas é só isso
Deixa esse vento passar por mim
deixa essa dor me costurar plena
o íntimo
Eu volto
Num momento outro, quem sabe
Eu hei de voltar
pior e em dor nutrido
Eu volto para dizer que não há nada mais especial
do que não ter importância alguma
E isso não é bem o que eu vivo
É só como acredito
Não tenho que provar minha força
porque se for preciso
Eu te carrego aqui
sobre mim
e todos esses desassossegos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário