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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

limítrofe

escorre
pede pleno
quero morte
mas fica
retido
na beira
ele permanece
entre ser indo

e ser ido.

eu olho
adiante
é noite
luminosa
brilhante

voam-se
libélulas desenfreadas
dentro no íntimo
sempre dentro
sempre no íntimo
a poesia vira prosa

e o verbo
instaura
canção.

que pode haver de mais grave
do que o ato
em si
sem repetição?

não.
quero de novo
outra vez
quero de novo

agora
ontem
e no amanhã
por que não?
talvez.

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