se sentir assim
como é possível
que o que eu tenha
guardado
aqui
seja assim tão rude
tão vil e propenso
ao ruir?
eu me olho
agora lento
nu e entregue ao tempo
eu me vejo
aqui
e contemplo
sobre a minha pele
a sua tentativa
de não-esquecimento.
eu sou terrível
sou errado e contra-
fluxo.
vago perdido
buscando certezas móveis
onde haveria apenas
seu sorriso
e sua confiança.
eu cresci
e quanto maior
quero ser
mais
criança.
não quero a exigência
o prazo
o tempo pré-
estabelecido.
queria o susto
o seu soluço
o meu arroto
a mover
montanhas
e mudar
nuvens de lugar.
amanhã tem um prazo
hoje outro se perdeu
e o meu coração,
como faz?
como se faz
pra ser
aquilo
que se intui
já se ser?
Nó.
Nó.
No dá.
Nodal.
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