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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Não saber.

Apenas o cansaço
constante, presente em cada
passo
Persiste o homem
ainda jovem, mas já
homem
diriam, os lúcidos, de sorte
Homem de sorte

Não soube, o dia da morte
nem se o cigarro poderia
Consumir o desejo
Não soube a cor do enterro
nem sequer soube
diziam - o homem de sorte -
o trajeto do caixão
(ele queria fogo
queria ser logo
cinza…

sobre o mar que sempre
temeu).

O homem cansado
e de sorte

Ainda não morreu.

Ainda não.

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