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sexta-feira, 7 de junho de 2013

puxo

a atenção
já perdida
para o mais descontínuo dos enredos
puxo atenção minha
sempre em hora imprecisa
rumo às rimas.

que tortura!

o mundo correndo
e eu, idiota
em poesia o relendo

que dificuldade me opera?

não sei olhar o vento
e ver nisso nada?
ver nisso apenas o que há
(o que há, nu vento?)

perdido
quis comprar flores
mas não aceitaram o parcelamento

crédito
débito
silêncio
ansioso
espero

o encontro no qual se beijarão
as flores das nuas bocas
as pontes dos corpos nus
sem roupas

enfim,

viste?

a rima me levou de mim
e me deixou ali
entre desejos

longes.

desejos distantes.

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