a atenção
já perdida
para o mais descontínuo dos enredos
puxo atenção minha
sempre em hora imprecisa
rumo às rimas.
que tortura!
o mundo correndo
e eu, idiota
em poesia o relendo
que dificuldade me opera?
não sei olhar o vento
e ver nisso nada?
ver nisso apenas o que há
(o que há, nu vento?)
perdido
quis comprar flores
mas não aceitaram o parcelamento
crédito
débito
silêncio
ansioso
espero
o encontro no qual se beijarão
as flores das nuas bocas
as pontes dos corpos nus
sem roupas
enfim,
viste?
a rima me levou de mim
e me deixou ali
entre desejos
longes.
desejos distantes.
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