Não.
A morte não me assusta,
sofro a linguagem, sofro a forma
pela qual carne vira cinza.
Mas não a morte.
Sofro a impossibilidade de narrar
minha própria despedida.
Mas ela não.
Eu estou me gastando
Sem freio.
Pouco cuidado me cerca
estou entregue desde o início
ao meu próprio despedaçamento.
20 anos é já um bom tempo
para aprender o corpo
morrendo.
Hoje, mais que ontem
os ossos se compadecem
dos movimentos.
Ignorância
Ousadia
Seja aquilo que for
Eu hoje me vou
Porque aprendi tarde
que o amor
é sinônimo mor
de morte.
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