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sábado, 20 de novembro de 2021

Haveria um poema

E só por acordares
já há pretexto suficiente
para nascer outro

A despeito das florestas
dos arrasos a despeito
embalagens cem plásticos

Nasceria um poema
capaz de brindar
a instabilidade dos passos

Dia sim, dia talvez
dia não, com certeza não
inaugura-se a ladainha

Os versos, comovidos
agitam-se não em busca
mas devotos ao íntimo

dentro
o barulho imenso
é acalanto preciso

Haveria um poema
para cada morte
que fazes em tua vida

Queres matar o que hoje?
Queres por fim ao quê?
Querer-se, querer-se

Luta incessantemente vã

Continue.

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