o silêncio
no qual dormem os mortos
desse prédio
como pode o amor
ter lhes presenteado
com o sono?
sigo amando
e onipresente
me transmuto
em presença
exasperada
não
não me venha a multa
não me venha a grade
a lacrar
sacadas
acerto a cinza
do cigarro
na boca curta
da garrafa
esvaziada
alto
opero o instante
com precisão
doentia
inevitável, não?
fazer silêncio
quando opera alegria?
durmo
de olhos abertos
arranhando o ar
com a nossa ousadia.
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