Em plena vapor
Aberta aos domingos
E com salas especiais
Para meu rol de ansiedades
Nela encontraria o afago
Não para romper mas para
Proteger instabilidades
Como quem mantém no fogo
No cigarro eu me manteria
E agora já faz quatro meses
E um ano, um ano e quatro meses
Contando
Sem que eu fume e
Faço o que com tais ansiedades?
Observo o corpo
Não parece transmutar ânsia
Em nada
Que não apenas
Desespero
E pronto como um passeio
O ato de pintar a óleo
Reluz
Na sua persistente
Lembração
A ansiedade
Faz-me
Esquecer
Não apenas da tinta
Também do gesto de transformá-la.
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