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domingo, 19 de setembro de 2021

Dirás que não?

Definitivamente não.

O seu não não vai colar em mim.

Definitivamente vou,
vou sim.

Versarei sobre as griseldas
em salões mofados apesar
do brilho e dos condados.

Direi sobre tomates imensos
despetalados lado a lado
aos escaravelhos.

Contarei amiúde dos soluços
e das sestas sonoras das focas
seus primos e tios.

Não haverei de sentir medo
ou vergonha pressa ou calma
serei todo reptiliano.

Usarei as palavras de acordo
com seu desejo uma depois outra
arcabouço rios de ouros loiros.

E quando estiver assim

bem cansado

direi então que pode a vida voltar a mim.

A poesia, oh, poesia
Que queres de mim que queres de mim?

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