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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Pouco. Muito. Indiferente.

Haveria tanto a se preocupar.
Nem dizemos mais "culpa".
O que nos resta hoje é tudo responsabilidade.

Tanto a ser feito
que o já realizado desmancha
como se nada tivesse sido.

Nada foi pouco até aqui
mas o adiante é tão muito
que tudo soa pequeno e impossível.

Por isso o cansaço extremo
a impaciência como ordem dos dias
por isso o isto o aquilo e o ademais.

Por muito pouco tudo morreria
por quase nada uma explosão
catalisaria a desistência nos outros e nas coisas todas.

Haveria alguma indiferença
que me permitisse continuar
sem essa dívida?

De culpa à responsabilidade
de responsabilidade ao cansaço
do cansaço rumo aonde?

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