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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Outra sua voz

Não, não a conheço.
Você, não, não sei quem possa ser.
Sua língua, é tudo sobre a língua,
Trepida sonora em meu ouvido matinal.

Eu tenho Flores na cabeça?
Se você diz, eu acredito.

Crédito improvável esse
De te ouvir sem te conhecer
E armar barraca em seu som.

Obrigado, estranho
Quisera que a gente se ouvisse
Falando rente em meio ao dia cinza
Que me desorienta.

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