a truculência conversa comigo
a cada manhã ela me olha
insinuante
e escorrega junto a mim
escada abaixo.
a impunidade me espia
a cada dia
mais em mim
ela desfila suas partes
num jogo
seboso
de sedução
e nulo embate.
amanheço
fico tarde
e feito breu
e dentro de mim
essas ervas
frutificam.
queria ser erosão
para não dar raiz
ao que não presta
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