Não despejarei sobre ti meu insensato desespero
ele fede à peixe azedo.
Nem apontarei os dedos que tenho e outros que compraria
nenhuma justiça é assim tão sem curva.
Não aceitarei simplificações
Não cederei à possibilidade de um eventual sono tranquilo
Sou todo desassossego.
Essa trama
– meu desespero –
antes de dores
diz que estou
vivendo.
Encaro a dor
ela diante de mim
não em meu colo
De pé estamos
E ela soa tão breve
quanto uma amizade
que era eterna e
subitamente findou.
Noutras telas
hei de cuspir
essas mágoas
e assim
quando de mim
for removido
o que me remói
voltarei ao seu rosto
para dizer-lhe
coisas
bonitas
e gostosas.
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