Serei eu quem me direi. Terá som curto, será agente a mover destino. Será preta sobre fundo branco. Será certeira. A palavra que não veio me colocará sem dúvida alguma no eixo. Eixo ereto do meu desejo de sobreviver tempo o suficiente para morrer mais ciente do mundo que ainda não transformei. Isso que ainda não tive condições de me dizer, isso vai me envenenar ou me promover. Ao adiante, onde moro em sonhos, a palavra que inda não veio será meu pé sobre gramas, minhas mãos dentro da terra, será gesto fato. Gesto ao mundo destinado. E então a poesia terá enfim perdido sua necessidade.
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