Nao
Nao pode demorar tanto assim
Minha poesia faliu
Mas minha espera resta
Tenaz
E carente do seu abrigo
Pesquisa
quinta-feira, 19 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Rangido
Externo
Seco e silenciado
Meu sorriso te chama
Cúmplice
Enquanto os caras me olham
Mas eu em descompasso
Sou pura neblina
Sou lindo tremor
Reluzente
A tua espera.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Certo
Chorar ia inteiro
Caso sua presença
Se confirmasse
Sempre ausente.
Talvez fosse morrer
Talvez fosse sentir o mundo e sua injustiça
Talvez inveja dos que lhe tocam agora
Eu não sei
Não vou dizer que é amor
Porque é.
As minhas palavras hoje todas são
Para ti,
meu amor.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Aparador
O que eu poderia dizer
ou te escrever
Hoje é seu dia
e eu aqui sem você.
Egoísmo
Auto comiseração
e desespero
A sua ausência
- hoje -
é sinônimo pouco inventivo
é puro dessassossego.
Tentei não pensar
tentei não falar sobre
nem sobre a coisa
em sonho
Me debruçar
mas de que valeu todo o esforço
se hoje mais que ontem
se amanhã mais que agora
Só aquilo que me importa é lacrar os olhos
e te ver bailar rente a minha primeira mão.
Não.
Sim.
Por que não?
A sua poesia
é distância
O seu tempo
é suspenso
Seu espaço
Coliseu.
Você, cara
é o verso novo
que me ferrou
que me roubou
que me lascou
e vendeu.
Eu não terei mais jeito
depois de ti.
SINFONIA SONHO estreia nesta sexta 13 de abril no RJ
Após três apresentações integrando a Mostra Paralela Fringe, do Festival de Curitiba, o novo espetáculo do Teatro Inominável chega aos palcos do Rio de Janeiro para cumprir curtíssima temporada. De 13 a 22 de abril, sexta a domingo, o espetáculo com dramaturgia e direção de Diogo Liberano se apresenta no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. As apresentações são sempre as 21h (sextas e sábados) e 20h (nos domingos). O valor do ingresso inteira é r$ 20,00 e a meia-entrada, r$ 10,00.
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quarta-feira, 11 de abril de 2012
vem
ou vem
Entre nós dois
Nao ha outra opcao.
Ou voce vem
Ou voce vem
Pois se não vieres
Irei eu em vão profundo
Me perder
Para não ter que mais te procurar.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Ele
Salvou minha investida.
Sem freio
desci ladeira de pedra
rompi trajetos e rasguei limites.
Então ele me prendeu
Envolto em seu silêncio
Nele minha voz mudou
Nele minha aporia
Virou cimento
E cresceu.
Parto
Vou
Fujo
Corro dali
Onde estivemos.
Meu abrigo que é você
Hoje mais que sempre
É genocídio
Mataria a vida toda por mais um segundo sob o seu braço
Sob seu grito e seu sorriso
Hoje vou
Para reconhecer
Que partir é o mesmo que
Rachar
Ruir
Amar.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Dom
Moço, por favor, se acalme
A sua agitação faz meu dia começar estranho
Por favor, eu te peço
Deixe-nos restar em meio ao mar
Deste trânsito
Vamos sem pressa
Hora ou outra será hora de chegar.
É só que daqui de trás
Donde te vejo
Seus ombros anunciam tensos
Morros
Em nuvem negras envolvido
Sua face é erosão do caminho
É cova rasa para passáros
Abusados e repentinos.
Acalme-se
Daqui onde te vejo
O horizonte se move
Mesmo que devagar
Há um vento frio
E se você quiser ouvir
O mundo está cheio de gente
Querendo te acalmar.
atestado
a truculência conversa comigo
a cada manhã ela me olha
insinuante
e escorrega junto a mim
escada abaixo.
a impunidade me espia
a cada dia
mais em mim
ela desfila suas partes
num jogo
seboso
de sedução
e nulo embate.
amanheço
fico tarde
e feito breu
e dentro de mim
essas ervas
frutificam.
queria ser erosão
para não dar raiz
ao que não presta