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olha, eu não vou parar de buscar.
pode essa chuva cessar agora
pode o sol se antecipar
o meu sono ter ido embora
eu sinto eu sei eu já nem ouso duvidar
eu não vou parar.
porque é busca doentia
faz-se agora e fez-se ontem
faz-se nessa manhã que se anuncia
e por qualquer preço
e se diante do belo
ou se ante o absurdo
a tudo e todos para quem eu olho
o que se me devolve é o inseguro
clamando definição
clamando à complexidão
inata, destes mundos fantasiados
em corpos objetos sinas
em destaques,
eu não vou parar.
antes foi ruim.
agora me parece pior.
existe um gosto pelo precipício
que quanto mais se busca o fim
mas se enerva o destino,
eu estou cego
não por não ver
mas porque ver
meio que se tornou
destino
inevitabilidade
minha noção de tempo
e espaço,
ver se tornou meu domínio
onde eu resto
onde eu reino
onde eu persisto
onde acumulo.
aqui. onde eu acumulo.
hoje me parece
inclusive
ser onde mais tenho espaço.
Um comentário:
E descobrir esses cantos é o melhor =D
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