E vi-me ir ao fim de tudo
Sem pressa
sem preço
Fui inteiro
descendo rumo ao centro
da solidão
Exasperada solidão quieta
e tão colada ao mundo.
A vista nublada
A mão trêmula
Uma saudade do futuro
e mesmo assim
Sem pulso
Cruzei-me por dentro
tropecei em meus passos
desejei o fim de tudo
não de tudo
mas de mim
o meu fim
seria melhor?
Seria sim.
Um pouco de sal.
Apenas um tanto.
E tudo voltou
e se não desisto de mim
é porque ainda há o mar inteiro
a ser saboreado.
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