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segunda-feira, 23 de julho de 2018
O tamanho da sua responsabilidade.
O tamanho da sua responsabilidade. Ou o do seu cansaço. São semelhantes, talvez sejam até o mesmo, a mesma coisa, o mesmo peso, a exata gravidade que te puxa e traga.
Passeio por essa estrada e aos montanhas ao redor me observam. Não, eu as observo. Elas, comigo, nada querem. Sou menos que um galho, um graveto, coisa boba. Coisa pequena sobre a qual a vida anda. Passeio por essa estrada e as observo. Como são imensas. Sabem, talvez, de sua importância no universo? E se acaso nada soubessem, ainda assim, deixariam de ser tanto?
Olho para elas e uma paz me assola. Posso não ser nada do que acreditei precisar ser para ser alguém. Posso ser só um graveto perdido ali no meio daquele imenso mundo. Um graveto que, no máximo, conversa com formigas e com três ou cinco gotas que nele se apoiam para seguir seu curso.
Posso ser bem pouco e, ainda assim, continuar existindo? Um cansaço por ter sido muito gente grande já, um cansaço extermina meus dias mais lindos, meus afagos mais quentes. Posso não ser nada grave, nada demais, nada mesmo?
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