mais uma vez sobre a ponte
no rosto, o dito semblante
a força que a impele
aos futuros
Sabe bem que não pode isso
que não deve aquilo
sabe bastante que no caso dela
o fim é sinônimo de muitos
inícios
E mesmo assim lá ela está
sobre a ponte outra vez
em sapatos firmes e esverdeados
ela ciente de que lhe abriram
risos e braços só porque sim
Mulher
como sou
sempre existiu
Já não é essa a questão
já não é essa a questão
A questão parece ser
a questão é
quantos homens feito você
precisam repetidas vezes
desaparecer
desaparecer
E cruzou a ponto
bem agasalhada e fiel
ao sorriso que outrora
disseram que em seu rosto
se chamava bestial
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