Certa leveza impera
sobre todas as coisas soltas
e convoca: a hora
é essa.
Desfiles percorrem avenidas
o sol está ameno e a pele
destemida ao
desencontro.
Uma coisa sem nome
é o cerne do abandono,
e persiste o corpo
se assumindo em vão.
Haveria vida não fosse esta
a maior convicção?
O corpo está só
mas de mundo rodeado
ele está
Dançando solto
sem freio
sem medo
sem nada
exceto
o tempo
(abraçando todas as partes
hoje mais que nunca
órfãs).
Uma fera
afaga o interior
esvaziado,
Uma fera
observa atenta
o inédito rompido
laço.
Tudo o que foi vivido
ainda agora não se compara
a essa poesia tremenda
e Torta.
Meu espírito só quer dançar.
Ele só quer dançar.
Ele dança, então,
espírito meu.
A destruição hoje é sua melhor amiga.
Confia nela
rompe a bainha
E fica
perplexo
Nu
No centro
desta sala
de restar
e, por fim,
quando tudo estiver cansado da mesma rima,
Voltarás.
A si,
em reverência
e pronto
Mesmo
para outro
outro um
Recomeçar.
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