eu pensava
que havendo amor
haveria poesia.
um dia
quando morreu
o primeiro fato
foi ver nascer
as rimas.
de novo
eu me surpreendo.
achava que o golpe
que a guerra
que sobre tudo isso
seria possível escrever,
mas não
só agora
não antes
só agora
quando é meu corpo doendo
que o verso se afirma.
não antes
nem amanhã
só agora
se escreve
como se escrever
fosse dínamo
ao respirar.
eu preciso.
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