Em mãos
Trago o que restou
Sou eu
E tudo aquilo
Ainda não
Vindo.
É tanto
Que converso
Sozinho
Comigo.
O peso entre as mãos
Dissipa alguma perdição
É que tudo já tanto se gastou
Que ter esta densidade
Afagando os dedos
É puro tesão.
Ouço músicas que não conheço.
Namoro o calor do sol.
Danço mais do que represento.
Tudo se multiplica
Quando o que se tem em mãos
É também a consciência
Que te enzima.
A janela foi se fechando e senti calor.
Demorei um tempo
No calor
A perceber
que basta abrir caminho
Para se refazer.
Hoje
Como antes
E amanhã
Tudo é preciso.
Sento sobre silêncios e sexos soberbos.
Impaciento-me intensamente implicado em imergir e lá ficar.
Vasto mundo.
Eu o vejo
Eu o ouço
Eu te esponjo
Eu estou aqui.
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