É o que em primeiro
eu lhe digo
Obrigado
por ter se disposto
a passar algumas horas só
comigo
Obrigado, amigo
Quando nos sentamos
no banco de madeira verde
eu jamais poderia supor
que eu fosse me permitir
deitar em seu colo
Mas você me chamou
sem nada falar
e ali estive eu
a tarde inteira
no aconchego de um sossego
que eu jamais imaginei
que você pudesse me dar
Obrigado
É impossível não agradecer
impossível não reconhecer
Tudo ante ao nosso encontro
se manifestou
As árvores se deixaram ventar
O sol se guardou - um pouco -
talvez para melhor nos mirar
Minhas pernas, caramba
só agora percebo
minhas pernas pararam de doer
e me deixaram
por uma hora
te aproveitar e me perceber
ali sozinho
contigo reunido.
Noutra época, talvez
noutra estação
eu não saberia, mas
talvez
eu fosse achar ser preciso algo mais
para estar vivo
Mas hoje
nessa tarde
estando em silêncio
ali
contigo
Eu pude saber, Diogo
Você é o melhor amigo que tu poderias ter.
Obrigado por
às vezes
se colocar no colo
e nos permitir
Se cuidar
Se tocar e perceber.
Obrigado, amigo
É assim que deve ser.
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