Aquilo que sentes
te oprime e vandaliza
Cruzas as ruas
de peito tomado
Passeias o olhar
escavando o adversário
És todo ódio
Estás morrendo de inveja
E então tu te calas
para avaliar o tamanho do câncer
que em ti tu fazes nascer
Ele não é imenso
nem pegajoso
O pior
teu câncer tem consciência
e te faz perder o jogo
Tu miras outra vez o alvo
e o que resta para hoje
não é mais inveja
é indiferença profunda
e consternada.
E sua ira então te corrige:
não é indiferença o que sentes
mas sim plena certeza
que a vingança
não é coisa que compete a ti
Mas ao destino dos deuses.
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