de cansaço
Depois ponderei
tornei-me inútil por orgulho atrasado
Poder dizer não
poder não fazer
Um prazer repentino esse
do não querer
Ih, não quero
ih, sai pra lá
Inútil eu me tornei
para me resguardar das exigências
Ter que isso
ter que aquilo
não ter
não ter
Não quero ter que
não quero nada
me deixa
me deixa
Por que te incomoda
que eu possa servir à nada?
Sirvo hoje ao silêncio
ao tremido instante
sirvo apenas a isso
a poder não
Eis minha força
meu anonimato
Tornei-me inútil
apenas para me tornar
para voltar
para ir
para não servir
para apenas ser e estar
mas não servir
nada fazer
por hoje
sou inútil
e isso me permite ainda respirar
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