Ultrapassaram o terror prescrito.
O fim após a rachadura deu mais vasto.
Todos e todas foram além da miséria; tornaram-se ricos e opulentos desgraçados.
Pagamos médicos, os mais caros, os mais pobres que se morram.
Seguiremos sem eles. Seguiremos sem nós mesmos.
O dinheiro vira gaze. O cigarro apazigua a ansiedade e te mostra as contas em dócil continuidade.
Estás endividado e sequer lhe resta força para meter-se uma bala na cabeça. Que bala? Que cabeça?
Perdeste tudo e vaga sorridente fotografando o caminho que não caminhas.
Sua desgraça é mais linda assim mais verde mais saturada mais profunda mais íntima mais margem mais brilho mais mais mais longe de ti você foi sendo empurrado.
MAS, no entanto, se ainda tivesse valor alguma ínfima dica, seria dito: cuide de seus machucados, mas não para que sumam, não para que cicatrizes. Rompa a casca, carne à mostra, desfiguração constante, durma rente às cáries dos seus mais esburacados dentes. E, se por muita vergonha não conseguires bater uma foto, bata uma punheta e se banhe em porra líquida e gosmenta. Sobreviva à beleza dessa época. Ela é horrível. Ela te usa. Ele te esvazia, te ignora; ela é cínica, quer te convencer que não há tristeza.
Siga triste.
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