É quando uma alegria sem nome
Te engole o medo
E fica tu assim todo repleto
Sentindo amor pelas pernas cruzadas
E compaixão - profunda - pelo
Desaparecimento do tempo.
O que restou sobra vivo fora dos nomes.
A diversão do homem foi inventar sentido
Para o que sobrevivia sem contorno
A vida
Ela mesma
A vida
Deixou de andar por ter lhe faltado
Um conceito?
Uma biologia?
Não, nem nada
Tudo seguiu e segue
E nesta tarde (importa ser tarde?)
Sobrevivo inerte na ousadia de um verso solto
Sei que me posso mais como poesia do que como homem feito
Soluço dentro do inexorável que é
Estar vivo
Aqui
Agora
Antes
Amanhã
Importa?
Nunca existiu nada tão velho quanto o agora.
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