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sábado, 13 de agosto de 2016

quis escrever

te vi tantas vezes
mesmo sem te conhecer
te vi distinto
de ti
de mim
do nosso tempo

te vi muito
você nem imagina
em outros países
te vi dobrando duas
seguintes esquinas

cada ponto num sorriso
ou tenaz andando firme
ou parado, sobrando,
existindo.

te vi tanto, moço
que seu nome desapareceu
morando hoje seguro
na sua multidão.

te amo rápido
amo veloz
amo um outro você
sempre você
amo tão logo chega o dia
amo no mercado
na padaria
amo na condução
e mesmo quando és tu
sozinho
meu privado motorista.

amo você, moço
de tantos anos
velho e menino
homem grosso
e afeminado
homem distinto
amo

amo

eu te amo.

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