Na curva em declive
Do meu amor por você
As pequenas coisas
São as que me fazem
Não mais te querer.
A cabeça dá golpes.
Eu, golpista,
Fugindo do amor
A mim destinado.
Eu fraco
Eu frágil
Eu forjando desculpa
Para o caminhão
Do amor seu
Que me atropela.
Quisera eu saber
Como faço para te evitar
Sem deixar de te ter
Eu sem deixar você
Eu sem te abandonar
Eu sem te machucar.
Seria preciso eu sem mim.
Você comigo e eu sem mim.
Posso com isso?
A confusão que me abate não faz sentido.
Sinto-me mais jovem
Do que eu era quando te conheci.
Sinto que não sou responsável
Por quem eu cativei.
E você, tão lindo,
Merece isso?
Eu não me mereço
Por que haveria de me merecer você?
Durmo intranquilo.
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