Basta não vir você
Basta eu não ir
Para a ti, blog meu,
Eu recorrer.
Parece diário mesquinho.
Coisa que diriam ser de menina
Apenas, eu afirmo:
É também de menino.
Eu, escorregando entre crescer
E me despedaçar em cada ombro
Que a mim se anuncia.
Penso, às vezes, que eu deveria rimar
Apenas com meu ofício.
É possível?
Sentir-se amado pelo seu trabalho?
Amado por ele, o trabalho,
Não por conta dele.
Ele, pessoa física
Que me toma o corpo e me faz gozar
Ele, o meu trabalho,
Que me tira
Por noites a fio
Para dançar.
Não sei.
Eu cedi. Eu fui. Com cuidado,
Mas hoje dou um passo de volta.
Onde eu estou?
Em casa.
Eu estou em casa.
Ombros altos
Interrompidos.
Quero ficar velho.
E morrer sem nem ver.
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