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sexta-feira, 31 de julho de 2015

dia vinte e um

foi quinta. foi quinta.
acordei atrasado tomei café preto de minas. cheguei no teatro, ensaiamos, sorrimos, assim é a vida.
depois outro dia ensaio, novos encontros, que susto isso de projetar e erguer novos mundos, não?
uma ou duas cervejas e avião.
rio de janeiro por uma noite, após janta com helena e coração sorridente.
dormi dentro de um casaco sobre o colchão solteiro jogado no centro da sala.
tenho pensado nele, desde a última vez que nos vimos. preciso fazer algo?

quinta-feira, 30 de julho de 2015

dia vinte

talvez tudo se resuma à conversa, aos amigos, ao amigo, ao desconhecido que por horas seguiu comigo, entornando para dentro do corpo cerveja para, enfim, arrotar poesia.
falamos do amor, dos amores, dos fins, da vida. falamos da idade bizarra que é ter 27, 28, 29 anos... falamos de tudo e de tanto e no entanto ainda há mais a ser dito, não cessamos.
um sorriso, olhos marejados, um bife de fígado (eu odeio), uma asa de frango frito, uma insalubridade sob o céu rodeando uma profunda lua
ontem foi assim
nem sequer me lembro de como foi o dia
foi teatro, até lembro, foi almoço, sono, café
foi cigarro e novamente: teatro
caramba, um dia, quem sabe, eu contabilizarei o meu tempo dentro de um sala de espetáculo
contarei todos os tempos em salas de espetáculos
e descobrirei que eu desconheço o mundo
que eu poucas vezes viajei
que eu sempre estive dentro de uma sala preta
com luzes que forjam sóis
perceberei que os sons que ouvi foram todos inventados, artificiais
e enfim, entenderei, que a vida é uma mentira
e que tudo está certo.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

dia dezenove

dormi na sala sobre o mole colchão ao lado do celular carregando e de um imenso cinzeiro cheio de guimbas, que delícia, só que não, mas acendi um incenso da helena e a terça feira começou com banho e táxi para o aeroporto.
check in para a poltrona 30A. avião pequeno do rio para beagá. ouvi as músicas acertadas e desci aqui onde estou agora. um crachá, um carinho, a rita mexe comigo. um lindo trabalho do qual eu sou parte me possibilita compreender o porquê de tudo isso.
mas não quero dizer, quero dormir na casa de um novo amigo, ver um bebê me olhando firme e profundamente, quero tomar um banho e entrar de novo dentro de outro teatro.
o moço com mesmo nome que o meu já me conhecia. ele selecionou o meu trabalho para participar da nova edição de um novo festival, mostra, de solos.
mal sabe ele que de solo não há nada porque o narrador me povoa como pólvora em chamas.
estou com sono.