Haveria tanto a se preocupar.
Nem dizemos mais "culpa".
O que nos resta hoje é tudo responsabilidade.
Tanto a ser feito
que o já realizado desmancha
como se nada tivesse sido.
Nada foi pouco até aqui
mas o adiante é tão muito
que tudo soa pequeno e impossível.
Por isso o cansaço extremo
a impaciência como ordem dos dias
por isso o isto o aquilo e o ademais.
Por muito pouco tudo morreria
por quase nada uma explosão
catalisaria a desistência nos outros e nas coisas todas.
Haveria alguma indiferença
que me permitisse continuar
sem essa dívida?
De culpa à responsabilidade
de responsabilidade ao cansaço
do cansaço rumo aonde?
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
moendo-se
Há alguma perturbação na
minha alma. Só pode ser lá, nela. Só pode ser. Tento encontrar de onde viria
esse desassossego e nada. Procuro mesmo. Eu me vasculho. Deixo o “eu” de fora e
remexo tudo, corpo, memória, os objetos que trago comigo em minha mochila nova
e nada. Simplesmente nada.
Alma se toca? Alma tem
corpo? Não encontro. Só pode estar nela essa impaciência e essa irritação que
segue moendo-me no correr dos dias.
Eu não vou ficar louco. Ou
normal. Eu não tenho como seguir a ordem do dia. Sou todo desordenado.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Ouve comigo
Essa música
rude, talvez
Essa canção
mole, é provável
Ouve comigo
eu te peço
Isso que toca é o peso do seu sorriso
afundando meu coração
Ouve
Ouve só
comigo
Ouve o que acontece
quando assim desavisado
a gente se deixa levar
pelo jeito do outro
que nem sequer
estava andando lado a lado
E agora está
agora está
Ouve
você ouve?
Está tocando.
rude, talvez
Essa canção
mole, é provável
Ouve comigo
eu te peço
Isso que toca é o peso do seu sorriso
afundando meu coração
Ouve
Ouve só
comigo
Ouve o que acontece
quando assim desavisado
a gente se deixa levar
pelo jeito do outro
que nem sequer
estava andando lado a lado
E agora está
agora está
Ouve
você ouve?
Está tocando.
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