Haveria tanto a se preocupar.
Nem dizemos mais "culpa".
O que nos resta hoje é tudo responsabilidade.
Tanto a ser feito
que o já realizado desmancha
como se nada tivesse sido.
Nada foi pouco até aqui
mas o adiante é tão muito
que tudo soa pequeno e impossível.
Por isso o cansaço extremo
a impaciência como ordem dos dias
por isso o isto o aquilo e o ademais.
Por muito pouco tudo morreria
por quase nada uma explosão
catalisaria a desistência nos outros e nas coisas todas.
Haveria alguma indiferença
que me permitisse continuar
sem essa dívida?
De culpa à responsabilidade
de responsabilidade ao cansaço
do cansaço rumo aonde?
Nenhum comentário:
Postar um comentário