Havia uma espécie de querer
Luzindo e firme, uma espécie de dizer
Que pedia por ela a inteligência
Que a ela ele enfim se dedicasse
Perguntou acerca da duração
Tão fácil dizer um dia
Algumas horas tão fácil
Um ano, que tal?, a inteligência
Lhe proporia.
Dedicar-se a mim por um ano.
A troco de quê? (Isso ninguém
perguntou). Parecia fazer parte
Do querer as pedras que sem
Querer sobre ele tombaram
Ou tombariam.
Dedicar-se a mim por um ano
Perseguir-me, acumular-me
Agitar-se em mim
Fazer vermelhidão
Ranger dentes
Meio que me amar e por isso precisar e então ele aceitaria
Não por querer
Mais porque não soubesse
Sabia ou não ele decidiu
Dedicar-me a ti, a ti,
Dedicar-me somente a ti.
E a todo o resto que apertar
teus mamilos, ela o corrigiu.
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