no tempo
o tempo não correr
mas caminhar
sôfrego
lado a lado
Restou ar
para ver os meninos
no parque para ver
os cães e seus cocôs
para tanto e tudo
para sempre
até a morte
Restou força
para pernas cansadas
e bolsas para compras
e vento para o calor
e calor para o arrepio
que viria de um frio
um passageiro
frio
Não haveria paisagem
onde sua paz pudesse
vingar
Estragou-se tudo
nisso de tentar se
consertar
Melhor seria, ou mais
ágil, seria ter se deixado
rachar
Nenhum comentário:
Postar um comentário