Sobre um banco me sento
A cidade que me perdoe
Mas foi preciso parar.
Andar por andar andei bastante
Parar com convicção, no entanto
E no meio da cidade,
É coisa deste instante.
Nem tanto para observar
Nem bem para descansar
Para no meio da cidade para
dar ao corpo a possibilidade do parar.
Pois quantos movimentos já não acontecem
A despeito do se movimentar?
Quantas ações, quantos gestos,
já não acontecem sem acontecer?
Parado no meio impreciso desta cidade
Não espero nem procuro, apenas duro
Sem desejo algum sem volúpia
Sou menos que a paisagem
No entanto
Já não há exigências
Existo tranquilo como a pomba
A cinza, o ladrilho, como a tarde.
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