Decanto o tormento pela manhã
Almoço em silêncio e sozinho
À tarde, desato as rimas burguesas
À noite é noite finjo ter sono
e te esqueço
Mas é na madrugada mesmo
Em que moldo à luz dos meus desejos
Amanheço cedo o poema trabalha em mim
Canto atormentado pela casa
Como silêncios e mesmo o sol pequenino
Tarde e noite, junto tudo
Burguês que sou, ronco sem dormir
não me esqueço
Um dia um de nós se vingaria
Assim suspeitamos
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Há dias o poema
Outro que não sabemos.
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