já há pretexto suficiente
para nascer outro
A despeito das florestas
dos arrasos a despeito
embalagens cem plásticos
Nasceria um poema
capaz de brindar
a instabilidade dos passos
Dia sim, dia talvez
dia não, com certeza não
inaugura-se a ladainha
Os versos, comovidos
agitam-se não em busca
mas devotos ao íntimo
dentro
o barulho imenso
é acalanto preciso
Haveria um poema
para cada morte
que fazes em tua vida
Queres matar o que hoje?
Queres por fim ao quê?
Querer-se, querer-se
Luta incessantemente vã
Continue.
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