Mas, continuaria. Sem fumar. Por favor, não me entendam errado. Continua sem fumar e não fumando. Não fumando. Ele continuaria. Eu quero dizer, ele continuaria a vida, diferente, mas ainda a mesma. Outra, mas ainda a sua. Tão estranha, tão inédita, tão diferente. Sem aquele cheiro. Sem aquele cheiro.
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quinta-feira, 31 de outubro de 2019
e assim foi
Fazia já uma semana. Pouco mais que isso. Uma semana e quase meio dia. Se estava orgulhoso, poderíamos acreditar que sim. Um pouco, talvez. Um pouco assim como que orgulhoso da própria força ou mesmo ousadia. Estava orgulhoso e um tanto apavorado. Apavorado sim, ora, por que não? Como não? Tudo aquilo era como que inédito. Fazia quanto tempo? Doze anos? Treze? Já nem se lembrava. Fazia uma semana ele estava sem fumar sequer um cigarro. Fazia doze ou treze anos fumava todos os dias. Em uma semana, era como que ter nascido em outra vida. Uma coisa propriamente chamada loucura. Era assim que sentia. O dia, as horas, o peso do silêncio, alguma paz em alguma calma (tudo estranho, tudo tão estrangeiro, estrangeiro tudo isso fazia tantos anos).
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