Chegou ao corpo.
Nem ao espelho
nem sequer num detalhe
ruga chupa rosto
Não
Machucou dentro
e agora resvala
feito aura adoecida.
Seria mesmo esse o diagnóstico?
Ele se pergunta
enquanto caminha parado
não sabendo se dorme
ou deixa de existir.
Pensou na proximidade:
dormir? morrer?
abandonar-se?
Pensou novamente:
se penso sobre tudo isto
é porque não estou todo
afundado
Certo?
Mudez.
Ficou fria a tarde de verão.
Carnaval?
Hoje não.
Ontem não.
O amanhã se arrasta querendo se fazer presente.
Tudo incomoda tanto
tudo ainda dele tão fora
dele tudo ainda tão ausente.
Seria esse o diagnóstico?
Seria essa a imperfeição forjada durante anos?
A quem amar primeiro, então?
Esta imperfeição
Ele mesmo
ou a impossibilidade de viver esse amor que não ainda se mostrou?
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