Eu posso?
De nada fazer
Nada gastar
Desorganizar os hábitos
E se ver florescido
Em silêncio inerte.
Eu precise nada fazer.
Nem dizer não
Nem acatar
Nem servir aos que calam
E consentem. Posso?
Eu quero e preciso, eu confirmo
Não quero fazer nada. E nisso
Existe uma existência inteira.
Respira o mundo
Livre da nossa voraz existência.
Mandar responder escolher respirar
Não quero sequer querer
Eu posso? Poderia eu nada
Mesmo
Nada fazer?
Resisto em imagens que fazem sala a minha impaciência.
Nada. Hoje você sobrevive com os olhos secos e feito pedra endurecidos.
Hoje você se congela no fora do padrão.
E de todo um mundo.
Pense antes. Pense sobre aqueles que morrem quando você decidi tudo isso.